quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Where is the Love?

O amor. Ah, o amor! Esse sentimento sublime e intenso, complicado e tão natural, subjetivo mas ainda sim tão racionalizado. Afinal, o que torna o ser humano uma espécie tão única e capaz de tantas proezas e realizações, se não for a sua capacidade de amar?

Já diziam os Beatles em uma de suas músicas mais cantadas nos quatro cantos do mundo: "All you need is love" que significa "Tudo que você precisa é amor!"

O amor constrói, cria, gera, soma, une, harmoniza, expande, e como expande, doar amor gera mais amor, em uma corrente capaz de mover montanhas!

Mas o mundo é dual e se de um lado a existência do amor traz inúmeros benefícios, sua falta cria efeitos de igual potência em polaridade oposta. E através desse simples entendimento, podemos analisar o atual estado em que o ser humano se encontra. Falta amor.


"Como pode faltar algo que é infinito e se expande com tanta facilidade?" Eis a pergunta que devemos nos fazer. Sim, o amor está em falta. O amor verdadeiro, que não espera nada em troca, que vem do nosso íntimo, generosa e voluntariamente. O amor que não vê barreiras de cor, idade, credo, classe social, sexualidade ou qualquer outro tipo de classificação utilizada pelo homem para separar sua própria espécie. Esse amor está em falta há muito tempo.

Hoje o que vemos são relacionamentos rasos, onde a busca por um alívio, mesmo que momentâneo, de nossas feridas ignora a existência do próximo em favor do eu em um círculo egoísta e descartável onde prevalece a máxima: "não está dando certo, separa".

Você pode buscar água em diversos lugares, mas se o seu copo está rachado, você nunca se sentirá completamente saciado e continuará culpando a qualidade da água.

Falta a vontade de entender, paciência para buscar uma auto-analise, identificar os próprios erros, corrigi-los e tentar ser melhor. Tanta gente buscando o amor, como se fosse algo que esta do lado de fora, quando na verdade o amor está dentro. Mas muita gente ignora isso ou acha que esse "auto-amor" não é suficiente.

Então, por desconhecimento, o ser humano sai em busca do amor. Em uma busca incessante através dos relacionamentos, dos prazeres da vida, da religião, dos vícios. Se perde e sofre... e desiste por achar que talvez não seja digno. E lá, no fundo do poço, o próprio ego é eliminado, e aquele que antes só pensava em si, acaba por voltar-se ao próximo, doando amor inconscientemente. A troca de energia acontece, e o amor doado volta, mais intenso e puro, o verdadeiro amor.

Se você entende que o verdadeiro amor vem de dentro, suas palavras e atitudes serão um reflexo do seu interior e essa é a verdadeira doação. E então encontrará pessoas com as quais poderá compartilhar esse amor, doar e receber, sem cobranças, sem feridas, sem separações. Entenderá que viver de amor não é impossível, mas exige disciplina, prática e acima de tudo... entrega.

"Sua pergunta é, ‘Você poderia falar sobre a arte de nutrir-se com amor?' . Não há arte porque não há necessidade de nenhum esforço. O Amor é a nutrição. Mas a humanidade tem sido tão confundida por seus líderes que ela não conhece o centro mais íntimo do seu próprio ser. O amor é a nutrição em si mesmo. Quanto mais você ama, mais achará espaços não visitados onde o amor vai se espalhando continuamente ao seu redor como uma aura." - Osho, "Om Mani Padme Hum: The Sound of Silence, the Diamond in the Lotus".

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